Buscando Poemes

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

O Pequeno Príncipe - Antoine de Saint-Exupéry

E pra começar meu livro de cabeceia: 

Até uns anos atrás eu não tinha lido oficialmente O Pequeno Príncipe, mas eu me lembro que na minha infância eu assistia o desenho de um menino muito fofo que viajava pelo universo e que sempre se despedia de um rosa muito ciumenta e mandona, e sempre voltava pra ela.
Porém a história do principezinho vai muito além disso, ela conta o encontro de dois amigos, um adulto que achava que o mundo devia ser de uma maneira e de uma criança que ensina a ele, e a nós, que o mundo é como é. No inicio do livro o nosso autor e piloto está perdido no meio do deserto e encontra um jovenzinho a lhe pedir um carneiro - a que diga que toda essa historia sobre um menino de outro planeta era delírio de um homem faminto e sofrendo de insolação, mas eu acredito que quando alguém pede um carneiro é porque existe - daí surge a mais linda amizade, o pequeno lhe conta suas aventuras, sobre pessoas grandes que faziam coisas sem sentido, mas das aventuras que ele relata a historia de uma rosa se destaca, uma rosa que aparece assim como quem não quer nada, tanto na vida do príncipe quanto na sua narração.
Devo ser uma das poucas leitoras, não a primeira tenho certeza, que se prende a essa personagem tão peculiar e que é dona do afeto menino mais fofo do mundo. O amor do príncipe pela tempestuosa e ciumenta rosa é revelado a nós da mesma maneira que a ele, porque ele só percebe esse sentimento mediante à distância que se encontra dela. Mesmo sendo a parte favorita da maioria dos leitores eu também sou apaixona pelo dialogo da raposa, como eu chamo, é através dele que ocorre o grande insight do nosso amigo, quando a raposa diz a ele: Vai rever as rosas. Tu compreenderás que a tua é a única no mundo, é essa a grande lição da raposa, não há estrela que brilhe mais do que a sua, o seu amor ofusca qualquer outro brilho.
Esse livro fala de muitas outras lições mas como disse na descrição vou relatar sempre meus gosto e gosto mais dessa, esse trecho me inspira de uma tal maneira que o Pequeno Príncipe é o segundo livro mais importante pra mim, porque eu sou daquelas que acredita no amor e que acredita que ele é o suprassumo das invenções de Deus, mas tenho um post inteiro pra me dedicar ao amor quando eu falar de outro livro.  
No fim, sim vou contar o fim, o príncipe vai embora, sim ele tem que ir, ele passou por muitos planetas e conheceu muitos adultos e Antoine foi um dos poucos que o escutou e que nos concedeu a honra de ler suas lembranças, mas chegou um momento para o príncipe que a saudade de seu amor falou mais alto, ele fez um trato que muitos não entendem, e ele morreu, morreu não como todo mundo morre, mas como todos deveríamos morrer, a morte liberta, e foi para se desprender de um corpo que não poderia levá-lo para casa que o pequeno príncipe morreu, insisto em falar sobre o que para muitos, e para mim também, é o momento mais triste e talvez acabar com a graça de quem ainda não leu, porém essa é uma parte decisiva para o enredo, porque essa é a grande lição dO Pequeno Príncipe, precisamos saber lidar com a morte da maneira que esse garotinho lidou, somos pó e a ele voltaremos, e o príncipe voltou para o pequeno planeta B612, e para seus três vulcões, levando consigo tudo que aprendeu, e seu carneiro, e contou para sua rosa tudo o que ele viveu.

Nenhum comentário:

Postar um comentário