Na solidão silenciosa, apática e estagnada, nessa solidão embarco em devaneios, sonhos melindrosos e indisciplinados que tomam conta do meu pensamento e ganham vida diante dos meus olhos. Imagens ganham formas, e cores e gestos tão reais, vívidas lembranças nunca experimentadas e ainda assim, claras como primavera passada. Vejo com meus olhos fechados, ouço a voz do silencio, as palavras dançam como o vento suave, embalando-me, sinto a mão afagando meus cabelos e lentamente o sono acalenta e assim adormeço. Meus sonhos me são menos verdadeiro do que esses pequenos momentos, a realidade me parece um espelho embaçado ou uma vidraça opaca que não deixa que eu veja e sinta com tanta intensidade.
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