Vem me fazer bem, é do teu encanto que eu preciso. É do silencio inebriante
e o perfume doce da tua pele. Vem que é com você que quero estar e nos teus
braços me embalar na melodia do teu riso, é da tua boca que eu preciso. É desse
olhar sonhador e das palavras puras. Vem me trazer paz, simplicidade e calor
das canções singelas. É das suas peripécias que eu preciso. Vem criador das
minhas alegrias, com assovio de flauta sussurrante que a brisa sopra em meus ouvidos,
é da noite que eu preciso. Vem sorrateiro, qual gatuno, furtar-me a liberdade
presa em solidão, tira o véu que cobre o meu olhar. É da tua voz que eu preciso,
dizendo coisas raras e efêmeras que num estalar de dedos se desfazem. Vem
tirar-me a esperança, dissolver os sonhos construídos antes de você. É pisar
nas nuvens que eu preciso, despir-me da expectativa vã, dos amores tolos, e dos
sofrimentos desnecessários. Vem que é de leveza que eu preciso.
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