Texto
escrito a pedido do meu caríssimo amigo Bruno Mattos, ele se encontra
originalmente postado no seu blog: Convergências e Divergências
Na tarde madrugada é que se
encontram os poetas modernos, modernos não por serem oriundo da semana de 22,
mas por terem vida dupla, de dia acadêmicos dos mais variados curso, à noite,
mas precisamente entre meia-noite e quatro da manhã, poetas, escritores,
artistas, trovadores, bardos e heróis dos mais variados trejeitos. E assim
segue a produção noturna, com a lua por inspiração e corujas a piar como trilha
sonora, e produzem, produzem, produzem.
Na esperança talvez de que seus
dias sejam menos nublados, que suas dores escorreguem para a ponta dos dedos e
se prendam às teclas do computador, sim porque estamos falando de poetas
modernos, que não deixam de lado a boa e velha caneta e a folha de papel
almaço, mas são adeptos das redes sociais e postam em blogs.
É na madrugada também que se faz
a coletividade, por serem poetas modernos estão conectados com o mundo, e
também com outros poetas, gente do lado estremo do país, amigos que chegam pra
multiplicar, os sonhos, as idéias, os pensamentos. Uma explosão de Zeitgeists
em todos os cantos, unindo as pessoas que pensam iguais. E nessas idas e vindas
é que se conhecem pessoas que são sua dupla vida de Veronique, que parecem seu
Dèja Vu, que te escrevem e sentem-se lidas por você. Amigos raros, poetas por
vir, eu-líricos apaixonados, pseudônimos indomáveis, tudo se mistura num
emaranhado de cores, aromas, sabores, e tudo é permitido, porque nesse mundo
tudo pode.
Amigos que se conhecem a pouco,
mas que se sentem há muito tempo, que não conhecemos a face, mas que enxergamos
a alma. Amores platônicos, no mais fiel significado do termo, paixões que se
encontram em versos e canções, porque todo poeta, seja moderno ou não, é um
eterno enamorado.
Ligações eternas, parcerias
interestaduais, intermunicipais, se pá, interplanetárias. Irmãos separados na
maternidade, tudo porque um dia foram cativados, e como um principezinho,
compreenderam que são responsáveis pelo que cativam, os laços criados jamais se
rompem, podem esticar-se, enrolar-se, até dar nó, mas mesmo finos e frágeis não
se desfazem, pois são laços de amizade.
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