Buscando Poemes

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Cem Anos de Solidão - Gabriel Garcia Marques



Remédios, a Bela
A mulher mais bonita que existiu no mundo, não possuía malicia, nem entendia as complicações da vida ou porque as pessoas consideravam-na bela. Certa vez cortou os cabelos e passou a andar careca e apenas com uma túnica branca, ainda assim era bela, mas não porque verdadeiramente era, mas por que era pura, e por ser pura subiu ao céu de corpo e alma enquanto recolhia as roupas do varal.
Comecei esse post sobre o livro cem anos de solidão porque de todos os milhares de Josés Arcádio e Aurelianos e Úrsulas que tem nesse livro, apenas Remédios me parece digna de comentário especial, e como o resumo, resenha, sei lá, é meu eu escrevo sobre quem eu quiser.
Pra não fugir do assunto vamos ao livro: cem anos de solidão são cem anos da existência de uma família sobre a face da terra: os Buendias, li esse livro porque um amigo meu me indicou, e agradeço a ele. O livro é bem legal num todo e mais legal ainda nas suas partes específicas, a historia é um conjunto de crônicas a cerca dessa família que é uma das famílias fundadoras do vilarejo no qual a coisa toda acontece.
O livro tem uma sequência não muito lógica e o fato de existirem uns mil personagens com o mesmo nome não ajuda nada na compreensão do fluxo de acontecimentos, eu, por exemplo, nunca sabia direito que era o Aureliano pai e que era o José Arcádio filho. Mas isso não diminui em nada a obra.
Não é o tipo de livro que vai dar pra eu falar sobre a historia em si, pois são muitas historias dentro de uma só, o bacana é que o livro meche com o imaginário da gente e quem lê tem sempre aquela parte mais legal que gosta de comentar com quem também leu, como num seriado de TV, como quando um Aureliano tenta se matar e pede ao médico pra lhe dizer onde fica o coração, e o medico aponta o único lugar que se ele levasse um tiro não ia morrer, o pobre frustrado diz indignado que deveria mesmo era ter dado um tiro na boca, sabe essas coisas que são trágicas e engraçadas ao mesmo tempo. Ou quando eles pintam as todas as casas da vila por causa da revolução e depois pintam de novo toda vez que troca o governante, o fato de Aurelino (já disse não sei qual) nem se quer sabe porque faz parte da revolução, a eterna disputa entre as irmãs Amaranta e Rebeca, a profecia de Melquíades, os peixinho de ouro de Aureliano(ou seria José Arcádio?) e mais um monte de passagens tristes, alegres, divertidas, de um povo ingênuo que vivia do jeito que dava e da forma que julgava mais certa, que não vão caber aqui.
Falar de cem anos de solidão é lembrar muita coisa boa inclusive de tentar bancar a menina que roubava livros (piada interna), e tardes imensas na biblioteca, e de reflexão, bancar o detetive investigativo. E pensar em como um povo pode ser feliz sem muita coisa.
As questões que norteiam cem anos de solidão são bem políticas de muitas maneiras, mas isso eu deixo pro meu amigo jornalista, o que ficou guardado em mim dessa historia foi uma linda mocinha que só queria viver, comer e dormir, quem sabe sonhar e viver livre de todo julgamento humano, Remédios quero ser como você quando eu crescer.

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